Explicação detalhada sobre o que são os Planos Poupança Reforma, como funcionam e quais são os principais tipos disponíveis em Portugal
A melhor forma de preparar a nossa reforma é constituir uma poupança particular.
Todos realizamos descontos para a Segurança Social, entregamos assim uma certa quantia por mês, seja directamente se formos trabalhadores independentes ou indirectamente através dos descontos realizados pela nossa entidade patronal, estes descontos são obrigatórios e temos que os realizar de qualquer forma.
Ninguém nos poderá garantir que daqui a 25 ou 30 anos a dita Segurança Social terá fundos para nos pagar uma reforma condigna e com as incertezas sociais e económicas actuais e as evoluções demográficas, não sabemos sequer se temos direito a reforma ou se a segurança Social existe daqui a 20 anos.
Estas dúvidas são legítimas, pois os vários sistemas de segurança social estão permanentemente em défice, ou seja pagam mais apoios e subsídios do que recebem de contribuições ou rendimentos financeiros dos investimentos que fazem, por outro lado são cada vez mais os beneficiários e menos os contribuintes.
Assim neste cenário de grande incerteza a melhor solução para garantir que a partir do momento que se deixar de trabalhar se tem um rendimento mensal que nos permite viver com algum conforto financeiro é a constituição desde muito cedo de uma poupança (preferencialmente uma poupança mensal) que nos dê além das taxas de juro benefícios fiscais, assim a solução é a constituição de um Plano Poupança Reforma (habitualmente chamado de PPR).
Desta forma o Plano de Poupança Reforma (PPR), assenta no pressuposto que é num investimento para financiar a reforma, sendo um produto de poupança focado no longo prazo, é assim uma excelente poupança pois é normalmente descontado da conta bancária tornando-se numa poupança obrigatória ou seja um hábito de poupança sem grande esforço, podendo ter uma taxa de juro e benefícios fiscais para o seu subscritor.
Existem várias soluções no mercado, assim podemos classificar os PPR’s em dois tipos.
PPR do tipo Seguro
PPR do tipo Fundo
PPR tipo seguro
Este tipo de PPR está por norma a cargo de seguradoras, neste caso é possível definir um valor a entregar periodicamente à seguradora, que o aplica em activos, este tipo de produtos garante a totalidade do capital, podendo existir também um rendimento mínimo (taxa de juro).
Assim, estamos perante um produto de capital garantido que oferece rentabilidade (baixa) aos investidores, no entanto, são produtos com um risco muito reduzido.
No que diz respeito às condições deste tipo de PPR´s, deveremos consultar as informações pré-contratuais do produto e assim verificar o seguinte.
Taxa de juro anual paga, pode existir um valor mínimo definido, mas também podem existir prémios adicionais que variam em função da rentabilidade dos activos em que o PPR investir.
Entregas, normalmente o investimento é feito através de reforços regulares, mensais, existindo assim valores mínimos definidos para as entregas.
Comissões, existem encargos que deveremos considerar e analisar, assim, existem comissões de subscrição, de gestão e ainda as de reembolso ou resgate.
Informações sobre os activos nos quais investe, que por norma são de baixo risco, sendo essencialmente dívida pública e privada.
PPR tipo fundo
Os PPR tipo fundo são geridos por sociedades gestoras de fundos de investimento e ao contrário, do tipo anterior não têm garantia de capital.
Em termos de risco, existem várias soluções no mercado classificados numa escala de 1 a 7, desta forma o investidor pode subscrever um PPR com risco muito baixo, classificado com risco 1, ou produtos com um risco elevado, classificado com risco 7.
A rentabilidade potencial varia consoante o risco, ou seja, produtos com menos risco tem menor rentabilidade, enquanto produtos com maior risco vão ter maior rentabilidade a longo prazo.
Para conhecer melhor as características do PPR, deveremos analisar Informações fundamentais ao investidor disponibilizadas pela entidade gestora, para assim termos em conta o nível de risco do PPR, as comissões e encargos, rentabilidade e a política de investimento do fundo.